quarta-feira, agosto 14, 2013

Franguinho à la BDSM




Quem achava que a trilogia das “Cinquenta Sombras de Grey” era apenas uma bela malagueta para saborear, em nada prejudicial para o estômago, teve esta semana um alerta. Ao que parece o livro que tem apimentado as cozinhas de casais um pouco por todo o mundo e tem deixado as adolescentes cheias de vontade de viverem um romance assim faz um apelo claro à permissão da violência psicológica dentro da relação. E quanto a isto não há mel que possa adoçar a análise da equipa de investigação. Espreitem aqui para saberem um bocadinho mais sobre isto.



terça-feira, agosto 13, 2013

Gula pornográfica vs gula real

Sempre achei que a culinária era uma metáfora perfeita para tudo na vida. Até mesmo para explicar a diferença entre pornografia e sexo na vida real. Ora deleitem-se lá com este pitéu:

sexta-feira, agosto 09, 2013

Ketchup?


Quem nunca levou com uma bisnagada não sabe quão perigosamente deliciosa pode ser esta brincadeira. Consta que em Lisboa está a decorrer uma batalha secreta, onde todos podemos revelar o bocadinho de Dexter que há em nós. Com assassinos, cúmplices e vítimas gastronómicas. Mas sem riscos de envenenamentos ou paragens de digestão. Até porque a regra número um é ter uma pitada de bom-humor e sensatez qb. O resultado, asseguro-vos, tem pouco de sangrento. Sem direito a ketchup ou a carne ensanguentada. 

Hoje acabei por ser morta à porta da cozinha com um esguicho certeiro. Daqueles que nos fazem cair para o lado… de tanto rir. E soube-me bem. Porque nem tudo na culinária da vida deve ser levado a sério.



sexta-feira, março 01, 2013

segunda-feira, fevereiro 04, 2013

Polvo no forno

O temporizador apita, dando por findas as longas horas de cozedura em lume brando. Os polvos mexem-se lentamente dentro do tabuleiro. Entrelaçam os tentáculos como se não o tivessem ouvido e deixam-se embalar naquele caldo de ternura em que estão envoltos. Pela porta do forno vêem-se os primeiros raios de luz que batem na janela da cozinha. Mas eles não querem sair daquele calor que os torna mais tenros. 

Rebolam para um lado do tabuleiro, depois para o outro. As ventosas da vontade prendem-nos e eles gostam dessa sensação. A posição nem sempre é a mais confortável, mas nenhum deles quer saber. Aquele calor apura-os. Por vezes a malagueta que ficou a boiar no caldo de ternura desde a hora em que foram postos ao lume larga mais um pouco do seu aroma picante. E mexem-se mais um pouco no tabuleiro. Por vezes é simplesmente na inércia dos sabores semi-adormecidos que se deixam ficar. E é naqueles momentos, em que o silêncio da cozinha só é quebrado pelas pitadas matinais de beijos sonolentos com tentáculos entrelaçados, que os polvos sentem que lá fora todos os refogados do mundo pararam. E é com muito esforço que se largam. Mesmo sabendo que depois de enfrentarem os pratos do dia, é ali que se voltarão a encontrar novamente.