
Ingredientes:
- 3 a 4 amigas
- 1 colher de wc público
- 1 pitada de homens
- 1 raspa de sexo
- vários kg de desabafos
Receita:
Misturam-se as 3 a 4 amigas com o wc público e deixa-se marinar durante cerca de uma hora. Junta-se uma pitada de “homens”, “sexo” e “desabafos”, leva-se ao forno em temperatura bem quente. Chegamos assim ao empadão de conversas de casa-de-banho.
Explicações extra:
Sempre gostei de conversas de casa-de-banho. Penso que algumas das mais interessantes e construtivas conversas que tive com amigas foi precisamente neste espaço. O porquê desta escolha vai ser sempre um mistério para os homens, mas para nós é simples: é o local de todas as confidências fugazes. É onde rapidamente confidenciamos o que nos vai na alma, muitas vezes com os pormenores mais sórdidos, dignos de um episódio do Sexo e a Cidade. As conversas – desiludam-se aqueles que pensam que falamos de roupa ou pensos higiénicos – são quase sempre sobre o mesmo: homens. Uma fraca escolha, diga-se.
Decidi fazer um ‘best of’ das habituais frases de wc, ditas e ouvidas por mim neste maravilhoso ritual de partilha feminina. Aqui ficam algumas para se desfazerem os mitos:
- “Achas que ele gosta de mim? Estou tão confusa!” (esta é a frase Premium)
- “Estou farta de homens sem atitude. Sempre gostei deles atrevidos”
- “Não sei o que me está a acontecer. Eu juro que não era assim!”
- “Já não há homens de jeito em Portugal. É um verdadeiro problema de saúde pública
- “Se ele pensa que sou mãezinha dele está bem enganado!” (cada vez mais comum)
- “Prefiro ir a um banco de esperma em vez de ter um filho com as aves raras que aí andam”
- “Porque é que é que eu não consigo esquece-lo?” (a que gera mais solidariedade)
- “Tenho o coração do tamanho de um ervilha”
- “O problema é que a carne é fraca e eu também não sou de ferro”