domingo, novembro 16, 2008

Omeleta simples

Para fazer uma omeleta (como deve ser) são precisos pelo menos dois ovos. Quando um deles não está cem por cento pronto para receita, inevitavelmente acaba tudo numa sucessão de ovos mexidos que, embora saborosos, serão eternamente separados… em bocados perdidos algures na frigideira.
Esta semana alguém me disse: “Estás com um ar decidido. Passou-te a tristeza?” Ora nem mais. Percebi que tenho vontade de comer omeleta e que não posso ficar eternamente em busca dos ovos de codorniz compatíveis (em vontade, principalmente) para a cozinhar. Por isso mesmo abri o frigorífico das minhas emoções e espreitei, com cuidado, a ver se a caixa de ovos dos normais há muito lá guardada continuava a esperar pacientemente. Decidi abri-la (sem lhe dizer porque é segredo e eu ainda não tenho a certeza) e surpresa das surpresas: achei os ovos maravilhosos. E em vez de uma omeleta arrebatadora imaginei uma omeleta simples. Sem recheios, sem complicações, sem indefinições no sabor. Pareceu-me bem. Talvez o menu venha a mudar em breve por estes lados.

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