segunda-feira, fevereiro 21, 2011

Iscas com elas

Havia alturas em que eram um petisco delicioso. Outras em que o vinagre falava mais alto e impestava a cozinha com um cheiro que ainda hoje consigo sentir quando me deito à noite no escuro. Depois havia as elas. As eternas elas a acompanhar.
Quando se cresce entre frigideiras quentes a fumegar ausências presentes, a nossa percepção do lado supostamente mais saboroso da culinária da vida fica irreversivelmente adulterado. Mesmo que o deles tenha finalmente encontrado tempero.

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