quinta-feira, agosto 27, 2009

Papo-seco

Ao pequeno-almoço, ao almoço, ao jantar, ao lanche, à ceia… ou sempre que der a fome, na minha cozinha tem-se optado pelo papo-seco (o termo carcaça é feio). São muitos os que me perguntam: “Porquê papos-secos?”.
Ora bem, cada vez que opto por pães-de-leite o meu estômago dá-se mal. São demasiado moles. Falta-lhes consistência. O sabor doce é demasiado fugaz. Já os papos-secos são habitualmente rijos. Pães com conhecimento, sabedoria da culinária da vida (a melhor de todas). Embora com uma aparência à partida mais tosca, revelam-se delicados e abertos às mais doces compotas e marmeladas. A simplicidade com que encaram as refeições é um desafio, assim como a atitude decidida perante os restantes membros da padaria. Seja à mesa ou embrulhados num guardanapo, sabem estar em qualquer lado. Fazem o meu estômago sentir-se seguro. E só quem ainda não experimentou é que põe em duvida a sua capacidade calórica.
Cada vez tenho menos paciência para pães de leite. Lamento.

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