No único dia do ano em que me dou ao luxo de ficar doente e ir para casa enfiar-me na cama, surge o telefonema que ninguém quer ouvir. É o número da mãe e atendo com um impaciente “diz lá”. Do outro lado, uma voz masculina: “Olhe desculpa lá mas a sua mãe desmaiou no meio da estrada e não consegue falar”.
Não me lembro de como atravessei a cidade, mas fui rápida. Demais. Seguiu-se uma noite no hospital, mil e um exames e uma dose de mimos extra em que me tornei perita ao longo dos anos. No esquecimento ficou o facto anual de eu estar doente.
Com todas as preocupações do mundo concentradas no meu estômago de caco - misturadas numa pitada de exageros e umas belas doses de anti-inflamatórios - acabo por ir ao médico de família que, pela primeira vez na minha vida, me examina. Veredicto: já estive mais nova… e com uma úlcera a menos. Mas a cozinha continua a funcionar… as usual…
2 comentários:
Espero que sua mamãe já esteja melhor.
Caso contrário melhoras para ela.
Mamãe já está nos trinques! ;)
beijinho
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