
Olho para a garrafa e parece-me um néctar divino, enviado pelos deuses directamente
para a bancada da cozinha. Nunca fui fã de whisky, mas descubro-lhe o potencial
numa noite em que tudo está tingido de cinzento. Consta que é um JB Reserva 15
anos. Os apreciadores dizem que é bom e eu, ao bebe-lo pela primeira vez, tenho de admitir
que o gosto me surpreende. Sinto-o a queimar-me as gengivas e as bochechas.
Deixo-o inundar a minha boca até já não arder e ficar simplesmente dormente.
Aquele gosto intenso torna-se suave. Assim como a terrível dor de dentes que
há dias sobrevivia a doses mais do que recomendadas de analgésico.
Nunca pensei recorrer aos 40% de álcool de um whisky com fins terapêuticos para o corpo. Para a alma. talvez. Mas o que é certo é que fiquei fã de JB. E por fim
consegui dormir.
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