quinta-feira, janeiro 29, 2009

E se eu decidir largar os tachos?

Lamento meus gulosos, mas há grande probabilidade de eu vir a largar os tachos (e as canetas e os blocos de notas). Sempre soube que o meu rumo profissional não passaria obrigatoriamente pela permanência exclusiva na minha actual actividade. Falta-me algo. Sempre faltou por mais que a adore e todos os dias acorde com um sorriso por ter de ir trabalhar. Pode ser uma contradição... mas eu própria sou uma dose tripla de tudo e mais alguma coisa.
Quando for grande (estatuto que pode ser interpretado de muitas formas) quero ter um hostel. Porquê? Porque me identifico com o ambiente de partilha. Porque a minha ânsia de viajar pode ser colmatada com o constante contacto com outras nacionalidades. Porque a hospitalidade é um dos meus lemas. A ideia não é nova, mas depois de ter conhecido por dentro alguns dos melhores hostels de Lisboa tive a certeza que este poderá ser o rumo a seguir. Quando? Não sei. Em Portugal? Também não sei. Só sei que primeiro tenho de ir conhecer o mundo. E isso há-de estar para breve.

3 comentários:

Anónimo disse...

Vejo que temos sonhos em comun.
Também quero muito ter um hostel, o meu poderia ser numa praia do nordeste do Brasil ou mesmo lá para o Sul do Brasil, mais precisamente em Florianópolis.
Por um lado fico contente em ler este post, mas por outro lado sinto um sentimento de perda.
Não teremos mais sua presença contagiante ao nosso redor em Lisboa?
Tomara que seus desejos se realizem, mas Lisboa nunca mais será a mesma sem você por aqui.
Abraço.

Anónimo disse...

:))

Mas que bela idéia...essa da Culinária Ambulante. Podes largar (alguns) tachos, mas não necessariamente a cozinha (alheia). Aliás, no âmbito da partilha (hostel-alike), seria até uma pena que não fosses estrada fora com o bloco de notas (e receitas) recheado de sucessos intra-portas.

Numa linha +ambiciosa(?) vejo aqui matéria para uma publicação +oficial...sob a batuta dos paladares do mundo. Até me cresce a água na boca! E quiçá o sonho de sorrateiramente espreitar(-te) numa qq cozinha exótica.

Saberás, claro, que os assíduos gulosos estarão ávidos de devorar os ingredientes doutras paragens.

Vivam os Kjos Sem Fronteiras!
Zé Kjinho

Chef Cosme disse...

Obrigado a ambos pelas mensagens! Estão desde já convidados a pernoitar no meu futuro hostel (nessa altura deixamos o sofá de fora). Seja ele onde for, os bons petiscos estão desde já garantidos. Levar a cozinha portuguesa ao mundo é outras das metas… até porque para mim não há nada melhor que a gastronomia como forma de partilha cultural! :p
Tal como na culinária, também estes projectos têm de ser feitos (e pensados!) em lume brando, com paciência e coração. Sei que não será para já…. Sempre fui uma cozinheira ponderada qb. Primeiro quero ir ver com os meus olhos o que o mundo tem para oferecer. E talvez encontre outra cozinha onde me sinta em casa ;)

Beijos e queijos aos dois
(com uma pitada de sonhos!)