sábado, janeiro 10, 2009

Frascos de especiarias

Porque há potes de especiarias vazios que teimamos em guardar na despensa da estupidez emocional como se ainda estivessem cheios. Porque há outros frascos escondidos que têm o condão de nos surpreender e fazer sentir bem quando menos esperamos. Porque a vida deve ser apimentada todos os dias (ai se deve!). Mesmo que a conclusão seja esta:

3 comentários:

Anónimo disse...

Dir-se-ia que...

A arte da culinária não é afinal alheia à 4ªdimensão, e não se esgota pura e simplesmente a especiaria à refeição que emoldurou, mas talvez antes ao que desta (refeição) na memória perdurou. E da outra, mais que o contributo, só o frasco ficou. Talvez como os pratos (para alguns gregos), das melhores refeições, nem os frascos devam quedar-se inteiros, a bem de qq cada novo conteúdo (e frasco) possa ser simultanemente, o primeiro, o último...só o melhor. Até ao próximo.

...mas isto, quiçá, só num qq mundo de 4 patas.

I still have to find what i'm looking for. If it's not cheese...
Zé Kjinho

Chef Cosme disse...

O problama é que por estes lados é muito raro decidirmo-nos a dar o melhor de nós (conjunto gastronómico) a uma especiaria. Mas quando o fazemos abrimos a gaveta dos condimentos emocionais a 100%... o que pode acabar num terrivel ensopado de dissabores, onde quem mais dá é quem mais entra em congestão. Repetidamente.
Tens toda a razão Zé Kjinho: há frascos que devem ser partidos para nem sequer restar memória dos seus sabores que um dia até foram doces. O melhor será o próximo. É sempre assim :)

Anónimo disse...

Sem prejuízo do ciclo (de investimentos nas especiarias)...

Se posso fazer meus os bigodes do meu fiel inimigo felino (no quanto o seu comprimento se traduza em longevidade, aka «experiência»), quer-me parecer (positivamente) que muitos e bons conjuntos gastronómicos poderá a tua cozinha ainda vir a ser palco, até que convictamente decidas a especialização. Haverá pois o frasco (ou recipiente diverso) cujo conteúdo, por artes mágicas, jamais se esgotará, certo e sabido q nem sempre a digestão a tanto ajudará. No final será de confiança no cozinhado que se fará a diferença (para o hábito).

Mas um hábito não faz (apenas) o missionário. Ah pois não!
Zé Kjinho