quarta-feira, abril 29, 2009
Azeites e alho
Falhou o timing. Mais uma vez.
Batido de complicações
Por exemplo, laranja e leite não resultam… mas eu insisto em fazer um batido. Gosto de receitas com alto índice de dificuldade implícito. Será o desafio? Será porque simplesmente na minha vida consegui tudo a saca-rolhas? Só sei que acabei de (tentar) sair de um tacho a vapor, para ter vontade de investir numa panela de pressão. Posso-me queimar, mas a gula vai ser mais forte. Tenho a certeza. Resumindo: tou cozida.
segunda-feira, abril 27, 2009
Ponto de rebuçado
D – Tia quando é que podemos ir brincar com a Joana?
T – Temos de combinar.
D – Pode ser agora?
T – Diogo, agora é de noite, o jardim está fechado.
D – Então pode ser amanhã?
T – Não. Combinamos para a próxima semana.
D – Mas isso é muito tempo. Eu queria já hoje outra vez! (suspiro)
(Não seria mais fácil se também nós, supostos adultos maduros, fossemos assim?)
domingo, abril 26, 2009
Peixe no carvão da amizade
quinta-feira, abril 23, 2009
Entre tachos e sabores musicais
Depois dos blues, houve Beatles e Abba. Hoje, em estado pauliteirolamechas, há muito possivelmente sessão fadisteira. Posto isto, pergunto: Será que ando a ver se me dão música? Pela boca morre o peixe, sempre ouvi dizer.
Ultimamente tenho ouvido esta, cuja sopa de letras é deliciosa:
quarta-feira, abril 22, 2009
Pão de deus
Em noites onde até o pão bimbo decide dar um ar da sua graça, concluo que não é qualquer pão-de-leite que me agrada nos dias que correm. Podem vir pães-de-dó, pães tigre, até mesmo pães alentejanos e os convencidos dos pães de forma. Descobri ontem onde mora tentação: o pão de deus é simplesmente um pecado do céu… que felizmente (ainda) não engorda tanto como o pão de rala.
domingo, abril 19, 2009
Salada de muitas frutas
sexta-feira, abril 17, 2009
Fondue fadisteiro
Fados para acompanhar a refeição afinal prolongada. Um cubo de carne que se perde no meio do óleo, mas em compensação um belo naco que vem fazer-se ao bife. Espetos constantes a tentar entrar na panela do fondue... onde por acaso a carne de "falcão" (ainda) não é bem vinda. Um pai pouco mestre da culinária que decide juntar-se ao repasto, para evitar futuras de dores de barriga. Uma tasca à porta fechada, com desgarradas até bem de madrugada... A refeição termina com um digestivo servido pelo irmão do tão desejado manjar fadisteiro. De barriga cheia (e sem compreender como é que um jantar se pode transformar num verdadeiro circo) volto para casa. Sem conseguir parar de rir.
segunda-feira, abril 13, 2009
Salada alfacinha
Adoro a minha cidade. O som dos eléctricos antigos, os pregões nos mercados ainda tão tradicionais, o cheiro ao Tejo (mesmo com maré baixa), o burburinho quando começa a anoitecer, o pôr-do-sol no Adamastor, as ruas cheias de gente do Bairro Alto, a vista nocturna dos miradouros, as padarias com bolos quentinhos a meio da noite, os prédios semi-degradados (sim, não me critiquem), os restaurantes típicos, o vinho à pressão, os beijos apaixonados à beira-rio, o riso dos miúdos a correrem nas ruas de Alfama, do fado… ai meu o rico fado!
Gosto das gentes de Lisboa. E claro, dos homens. (Dos que sabem rir). Gosto do Santo António. Gosto do cheiro a sardinhas no verão. Do som dos sinos das muitas igrejas… mesmo sendo a maior herege de que há memória. Gosto de Lisboa porque gosto. Tem um sabor a casa.
quinta-feira, abril 09, 2009
Limpezas na cozinha
quarta-feira, abril 08, 2009
Bombons e maumaus
A diferença entre estes dois tipos de chocolate é que um é doce e o outro é amargo. Sempre tive muita paciência para aturar azedumes dos chocolates que me rodeiam, mas nos tempos que correm a minha cozinha perdeu a pachorra para os derreter em banho-maria.
Os bombons fazem-nos bem ao estômago, à alma e são recomendados pelos maiores especialistas da vida. Eu corroboro. Já os maumaus, tantas vezes com recheios de incompreensão, exigência despropositada e intolerância, deixaram de constar da minha lista da Páscoa. Fazem-me mal aos dentes… digamos assim.
Adeus aos Ferreros Rocher com cobertura de indecisão crónica. Adeus aos Mon Cheri que de carinhosos têm pouco. Adeus aos bacci que nem merecem ser lembrados. Adeuzinho à caixa de chocolates com revestimento colorido que acabam por ser verdadeiros pesadelos a preto e branco.
Ando de bem com a vida… e isso não há maumaus que venham mudar tão cedo.
segunda-feira, abril 06, 2009
Caramelo
Continuo maravilhada com o potencial do caramelo. Acho incrível que já tenha gasto algumas panelas a tentar cozinhá-lo e, por mais que estrague trens de cozinha inteiros, dou por mim a embarcar com toda a vontade neste doce a cada nova vez.
Faz-me mal aos dentes. Mas faz tão bem ao resto. Meto-me de cabeça na maravilhosa sensação de o vir a ter na boca e enquanto não abrir a embalagem para lá chegar não dou sossego a mim mesma.
O caramelo é o doce capaz de provocar mudanças na cozinha de qualquer gulosa.
Gosto porque gosto… e por mais filmes que veja ou até mesmo conselhos que receba, não tenho calma. Adoro esta sensação de não saber o que fazer. Quem diria…
sábado, abril 04, 2009
Pequena delícia
quinta-feira, abril 02, 2009
Sabor a mar
Ontem aproveitei o facto de só trabalhar à noite e passei parte da tarde na praia. Enquanto lia o livro sobre a jornalista carangueja que larga tudo para ir viajar pelo mundo em auto-descoberta, com paragens prolongadas em Itália, India e Indonésia (proibidos desde já de qualquer comentário que me possa irritar que ja ando farta dessa conversa), saboreei o sol a bater-me na cara, a areia a picar-me os braços e o barulho do mar como banda sonora e viajei. Fechei os olhos e pensei: sou uma felizarda. E é quando nos apercebemos dos pequenos grandes motivos de alegria presentes nas nossas vidas que compreendemos a facilidade de se ser feliz.
quarta-feira, abril 01, 2009
Naco... bem passado!
Mas a Naco tem por hábito carregar as dores do mundo. Ou seja, nunca diz que não aos acompanhamentos: atura batatas fritas oleosas, pãezinhos sem sal, carcaças velhas com mau feitio, pepinos duvidosos e até mesmo o cabrão dum porco preto que mais uma vez hoje teimou em não sair da sua travessa.
Resumindo: a Naco a vida feita em ovos mexidos. E ninguém parece perceber que também ela tem direito a ir-se abaixo. Com espaço para isso e uma bela dose de mimos extra. Hoje dizia-me: “quero ser destituída do cargo de anjo da guarda”. Em outras palavras: não me fodam o juízo com palermices. Subscrevo por baixo.
Numa cozinha (para tantos desconhecida) onde falha o apoio familiar em época de crise, não há espaço para cruzar os braços. E por isso lhe digo o que repito a mim mesma tantas vezes. “O mundo é redondo e está sempre a girar: umas vezes estamos por baixo, outras por cima”. Depois da tanta azia, há-de chegar um repasto de alegria salteada onde a Naco vai ser a febra mais feliz de qualquer churrasco! E eu cá estarei para ver, tenho a certeza.