quarta-feira, outubro 21, 2009

Arroz cozido

Acordo por volta das 5 da manha em Luang Prabang. Hora de ir alimentar os monges com cestinhos de arroz. Embora nao seja dada a grandes rituais religiosos, embarco nesta missao seguida a risca por tanta gente do Laos.
Vestidos de cor de laranja eles passam por mim. Meto a mao no arroz, faco uma bola e ponho dentro das tacas que cada um transporta. A aragem fresca bate-me na cara. As maos ardem-me... mas nao posso (nem quero) parar. O arroz alimenta-lhes o corpo para depois poderem rezar pelas nossas almas. Nao ha mais comida... So o tao simples arroz.
Apercebo-me que o que alimenta o corpo muitas vezes tb nos alimenta o espirito. Gosto do arroz assim. Sem qualquer ingrediente adicional. E percebo: cada vez aprecio mais as coisas simples. Aquilo que nao tem duplos sabores. O que me faz sentir tranquila. E nao interessa se nao ha colher e temos de comer o arroz com a mao ou ate mesmo com os complicados pauzinhos: o que e simples nao tem de ser facil... apenas genuino. Com sincera vontade.

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