sábado, maio 16, 2009

O buraco dos donuts

Um buraco vazio. É esta a definição que, a meu ver, mais se adequa a uma morte. Talvez por isso não estranhei quando nos últimos dias ouvi a frase: “Sinto-me como se fosse um donuts”.
Temos por hábito dizer que não há insubstituíveis. Que valente palermice, digo eu. Todos nós somos insubstituíveis, porque todos nós temos algo de único. Nem que seja para uma pessoa só.
Depois de uns dias de reflexão sobre este tema, não posso deixar de pensar que a morte nos bate à porta de infinitas maneiras, sendo que todas elas nos transportam para esse vazio que tem pouco de açucarado. Perder alguém não é fácil de digerir… é como tentar fazer a digestão de um pedregulho. Por vezes, simplesmente nunca se faz.

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